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Radio
Cultura
Politica
O papel da rádio Moçambique na democratização da cultura política em contexto multiétnico: caso da rádio Moçambique, delegação de Nampula
[Barcelona] :
Universitat Autònoma de Barcelona,
2020
Accés lliure
http://hdl.handle.net/10803/669642
cr |||||||||||
AAMMDDs2020 sp ||||fsm||||0|| 0 por|c
9788449091551
Simila, Leonel António,
autor
1 recurs en línia (403 pàgines)
Tesi
Doctorat
Universitat Autònoma de Barcelona. Departament de Mitjans, Comunicació i Cultura
2019
Universitat Autònoma de Barcelona. Departament de Mitjans, Comunicació i Cultura
Tesis i dissertacions electròniques
Montero Sánchez, Ma. Dolores,
supervisor acadèmic
TDX
Moçambique é habitado por um povo caracterizado pela diversidade etnolinguística como consequência de fatores sociopolíticos e económicos que marcaram a história de África ao longo dos séculos. Antes da presença colonial, as estruturas políticas organizavam-se conforme a dimensão e distribuição dos grupos etnolinguísticos pelas regiões. Contudo, esta realidade foi subjugada pelo processo de colonização. Já, após independência nacional em 1975, a etnicidade impôs desafios à construção e consolidação da nação moçambicana, na perspetiva política traduzida em termos de unidade e identidade nacionais. Ou seja, a integração nacional implicava assegurar que todos os grupos etnolinguísticos se sentissem representados nos processos de governação e valorização das suas tradições. Neste contexto, a viabilidade e eficácia de qualquer sistema político, é determinada, parcialmente, pela atenção dada às questões identitárias. A socialização política com o uso das línguas nacionais, permite que grande parte das populações participe nos processos de governação. Assim, na década de 1990, a Rádio Moçambique, pode ter contribuído na socialização política transmitindo programas de Educação Cívica Eleitoral nas línguas locais. Tese foi elaborada com base no método qualitativo, ou seja, qualitativo. A base teórica consistiu na discussão dos conceitos: identidade étnica, cultura política e socialização política.
Moçambique é uma ex-colónia portuguesa situada na África Austral, independente desde 1975. Em resultado da Conferência de Berlim (1884-1885), as atuais fronteiras dos países africanos não obedecem a distribuição dos grupos étnicos de que África dispõe. Este facto, é uma das explicações para presença de vários grupos étnicos num único país e a partilha deles entre países vizinhos. Após a descolonização, instalou-se uma realidade marcada pela pretensão de cada grupo étnico ver-se representado nos processos de governação. Isto tem imposto desafios aos diferentes sistemas políticos que cada país foi adotando e ao processo de construção da nação na perspetiva moderna. Aliás, esses sistemas apresentam-se como tentativa de substituição das formas tradicionais de organização que prevalece entre as sociedades africanas. Portanto, em certa medida, a etnicidade mostra-se como um dos fatores potenciais de conflito.
Moçambique conserva características herdadas na Conferência de Berlim e nos movimentos migratórios impulsionados por várias crises a nível da África Austral. Alguns dos grupos
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étnicos existentes em Moçambique são partilhados com países vizinhos. Esta realidade impos sérios desafios à implementação do marxismo-leninismo e ao processo de democratização, este ultima iniciado na década de 1990. A participação das populações no quadro democrático é condicionada pela socialização política com recurso às línguas locais, considerando que se está perante a implantação de um sistema importado de outros contextos com características diferentes de Moçambique. A Rádio Moçambique enquanto agente de socialização política, mostrou-se relevante no processo de educação cívica do eleitorado. O uso das línguas locais pela RM representa um ato de inclusão do ponto de vista identitário cujo impacto é a mobilização na adesão aos programas de governação.
Com efeito, o presente tese procura analisar a forma como a RM assegurou a transmissão de valores políticos aos cidadãos considerando a diversidade etnolinguística. Nisso, assumimos como indicadores, o sentimento de inclusão (representação) e a participação política (adesão ao processo eleitoral). A análise do tema insere-se no quadro da introdução da democracia no país marcado pela aprovação da Constituição de 1990 no âmbito da qual foram aprovadas as leis de imprensa, eleitoral e realizadas as primeiras e segundas eleições gerais.
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